Cotovelo eletrônico é testado no Brasil

Jornal Hoje edição do dia 01/05/2008

Quinta-Feira , 01 de Maio de 2008

Um cotovelo eletrônico, desenvolvido na Áustria, está sendo testado pela primeira vez no Brasil e o resultado é surpreendente

Quem vê Ednaldo a caminho do trabalho não percebe que ele perdeu o braço direito em um acidente. “Mudou a minha vida toda. Eu era uma pessoa ativa”, afirma ele.

A tristeza virou esperança depois que a empresa onde ele trabalha resolveu importar da Áustria um cotovelo eletrônico. A prótese de ultima geração custou cerca de 200 mil reais.

Agora, basta contrair os músculos para movimentar as articulações.

“Os eletrodos de superfície, em contato com a pele, captam o estímulo elétrico gerado pela contração do músculo e mandam para o cotovelo. O cotovelo se encarrega de desempenhar a função”, explica o fisioterapeuta.

Uma bateria interna garante 24 horas de uso contínuo.

“Os cotovelos que existiam até então, não permitiam um controle dado pelo próprio paciente, aos movimentos do cotovelo. O paciente tinha que posicionar o cotovelo mecanicamente e travá-lo para poder usar a mão. Através de um programa, ele sabe o que fazer. Se vai dobrar, se vai estender, e em qual velocidade isso vai ocorrer”, diz José André Carvalho, fisioterapeuta.

A novidade da medicina tem os ajustes dados no computador e os dados são transmitidos através da tecnologia sem fio, conhecida como bluetooth.

O paciente deve ter o controle completo dos movimentos em, no máximo, três meses.

Além de tomar água sozinho, agora Ednaldo usa as duas mãos para digitar no computador. Em um teste surpreendente, ele escreve o próprio nome. Carregar objetos também não é problema, já que o aparelho agüenta até 23 quilos. Mas, por enquanto, Ednaldo quer se concentrar em movimentos bem mais leves, como pegar e segurar objetos.

Ednaldo teve um acidente de trabalho e, por isso, a empresa importou o equipamento pra ele.

Veja agora um vídeo de um paciente com perda bilateral de MMSS e a aplicação de próteses.