São aparelhos e/ou equipamentos que venham a substituir partes do corpo humano como, por exemplo, pernas mecânicas, braços mecânicos, etc
O que é amputação?
Entende-se por amputação a retirada de um ou mais segmentos do corpo ou de todo um membro, cuja causa é variada, mas de uma forma genérica, pode-se subdividir as causas em dois grandes grupos:
Adquirida: decorrente de doenças ao longo da vida como tumores e eventos circulatórios; traumas, acidentes de trabalho, entre outros.
Causas de amputações:
Acidentes de Trabalho
Em relação a acidentes de trabalho, as amputações de membros superiores são mais frequentes que as de membros inferiores, sobretudo no uso de serras circulares madeireiras e guilhotinas industriais.
Acidentes de trânsito
As amputações traumáticas acometem principalmente adolescentes e adultos jovens, os quais estão mais expostos a acidentes por meios de transporte, ocasionando fraturas expostas e complicações como osteomielite crônica
Patologias vasculares
Responsáveis por grande incidência de amputações de membros inferiores, atingindo, sobretudo, pacientes de uma faixa etária avançada, os quais estão mais suscetíveis a aterosclerose, insuficiência arterial, tromboses e diabetes mellitus. A diabete é uma doença sistêmica de grande predisposição a amputações bilaterais de membros inferiores, pois além das alterações vasculares, esses pacientes apresentam neuropatias periféricas e ulcerações com dificuldade de cicatrização.
Malformações congênitas
Os pacientes que apresentam deformidades importantes que não possuem condições funcionais são encaminhados a correções cirúrgicas. Esse tipo de amputação deve ser realizada nos primeiros anos de vida tendo em vista reabilitação precoce e maior aceitação por parte do paciente.Há necessidade de troca periódica de componentes protéticos a fim de acompanhar a fase de crescimento ósseo dessa criança ou adolescente.
Tumores
Em muitos casos, junto a ressecção do tumor se faz necessário a retirada do membro onde está situado. Um dos tipos mais abrasivos é o osteosarcoma.
Níveis de Amputação de Membros Inferiores
Desarticulação Interfalangiana: causada principalmente por eventos traumáticos, neuropáticos ou vasculares; essas amputações não costumam apresentar problemas funcionais ao paciente. Indica-se calçados especiais ao paciente.
Desarticulação Metatarsofalangeana: causada principalmente por eventos traumáticos, neuropáticos ou vasculares; essas amputações não costumam apresentar problemas funcionais ao paciente. Indica-se calçados especiais ao paciente associadas a palmilhas para redistribuição de peso durante as fases da marcha.
Amputação Transmetatarsiana: causada principalmente por eventos traumáticos e vasculares, ocasiona descarga de peso em calcanhar com dificuldade de marcha na fase de desprendimento de antepé. Requer uso de palmilhas de preenchimento específicas e sapatos especiais.
Amputação de Lisfranc: refere-se à desarticulação dos metatarsos junto à amputação dos ossos cubóide e cuneiforme. As indicações para essas amputações são em grande maioria problemas vasculares. Esse nível de amputação frequentemente apresenta deformidades em flexão plantar, o que pode dificultar a protetização e requerer revisão cirúrgica.
Amputação de Chopart consiste em desarticulação entre os ossos navicular e cubóide com o tálus e o calcâneo. Conforme tolerância o paciente, poderá realizar descarga distal sobre o calcâneo.
Amputação de Syme: utilizada como recurso cirúrgico devido anomalias congênitas, traumas, patologias vasculares ou quando amputações tipo Lisfranc ou de Chopart não são possíveis. A marcha sem prótese é possível, porém ocorre claudicação pela diferença de comprimento entre os membros inferiores.
Amputação de Pirogoff: similar à de Syme, porém ocorre artrodese entre a tíbia e o calcâneo.
Amputação Transtibial: ocorre secção dos ossos tíbia e fíbula (entre o tornozelo e o joelho), podendo ser classificada em três níveis de acordo com o comprimento do coto: terço proximal (curto), medial e distal (longo). A permanência do joelho facilita muito a reabilitação e deambulação desses pacientes. De um modo geral, esse nível de amputação é comum entre os idosos devido a problemas vasculares e entre jovens devido a acidentes.
Desarticulação de Joelho: trata-se de um nível muito bom de protetização pelo tamanho do coto que confere ótima alavanca de força e movimento na condução da prótese. A amputação retira toda a fíbula e a tíbia do paciente, permanecendo o fêmur íntegro, é indicada a pacientes com traumas ortopédicos irreversíveis, casos de tumores e de anomalias congênitas de tíbia e fíbula. Há possibilidade de descarga distal sobre o coto.
Amputação Transfemural: refere-se a toda amputação entre o quadril e a desarticulação de joelho. Como nas amputações transtibiais, pode ser dividida em três níveis: proximal (curto), medial e distal (longo). Podem ser causadas por anomalias congênitas, traumas, eventos circulatórios ou tumores. Os amputados transfemurais apresentam um gasto energético médio de 70% maior que cidadãos não amputados.
Desarticulação de Quadril: consiste na retirada de todo o membro inferior, incluindo a cabeça do osso fêmur. È comum em casos de tumores e traumatismos complexos. Não apresenta coto ósseo, apenas cobertura do músculo glúteo máximo, sendo o apoio (descarga de peso) na tuberosidade isquiática. Desarticulação sacro-ilíaca: é uma cirurgia radical em que se remove a metade da pelve de todo membro inferior. Esses pacientes apresentam como locais para descarga de peso o ísquio contralateral à amputação.
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